O dólar fechou esta quinta-feira (5) em queda de 1,08% frente ao real, a R$ 5,58. Esse é o menor valor de encerramento desde 14 de outubro de 2024.
Dois fatores internacionais explicam o movimento: dados do mercado de trabalho dos EUA indicam perda de força da economia e a conversa entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) sugere uma possível distensão na guerra comercial.
Esses elementos aumentam a expectativa de corte de juros nos EUA pelo Federal Reserve (Fed), reduzindo a atratividade do dólar frente a moedas emergentes.
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O relatório semanal de pedidos de seguro-desemprego divulgado nesta quinta mostra aumento das solicitações. Isso reforça a avaliação de que a economia americana está desacelerando.
Dólar no exterior
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, operou estável ao redor de 98,700 pontos. A moeda americana teve leve alta contra o iene e o franco suíço, ativos considerados “portos seguros” em momentos de incerteza.
Real se destaca entre emergentes
Entre as moedas de países emergentes, o real foi uma das que mais se valorizaram, ao lado do peso chileno. O bom desempenho está ligado a fatores domésticos:
- Aumento das apostas em alta da Selic, a taxa básica de juros brasileira, para 15% neste mês.
- Expectativa de anúncio sobre as metas fiscais no fim de semana.
- Sondagens políticas indicando enfraquecimento do presidente Lula e possibilidade de avanço de um candidato mais comprometido com austeridade fiscal para 2026.
O movimento também atrai investidores estrangeiros interessados em operações de carry trade, uma estratégia que se aproveita da diferença entre taxas de juros de dois países. O Brasil, com juros mais altos, torna-se mais atrativo para esse tipo de operação.