O dólar fechou esta sexta-feira (23) em queda de 0,25%, a R$ 5,65. O mercado de câmbio reagiu com volatilidade ao anúncio de medidas relacionadas ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), feito na noite anterior.
Mesmo com o recuo parcial do governo em algumas das alterações, o dólar operou em alta nas primeiras horas do pregão, alcançando R$ 5,7452, antes de inverter o sinal.
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Após a volatilidade do dia, o dólar terminou a semana com baixa acumulada de 0,40%. Em maio, o recuo chega a 0,52%, e no acumulado do ano, a queda é de 8,63%.
Aumento do IOF gerou desconforto
Entre as medidas anunciadas, estavam alterações nas alíquotas do IOF para operações de seguros, crédito para empresas, cartão de crédito e débito internacional, compras de moeda em espécie, remessas ao exterior e empréstimos externos de curto prazo.
O IOF é um tributo cobrado sobre operações financeiras e, na prática, afeta diretamente o custo de crédito e a rentabilidade de investimentos no exterior. A simples expectativa de aumento do IOF pode levar a ajustes no câmbio, como o ocorrido.
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O desconforto no mercado aumentou com a forma como as medidas foram divulgadas. O anúncio da contenção de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, um dado considerado positivo pelos investidores, acabou sendo ofuscado pelas mudanças no imposto.
Falta de comunicação com o Banco Central preocupa
Outro ponto que chamou atenção dos investidores foi o fato de o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não ter sido informado previamente sobre as mudanças no IOF. A ausência de coordenação entre o Ministério da Fazenda e o BC reforçou a percepção de ruído na comunicação da política econômica.