O dólar fechou esta terça-feira (27) em queda de 0,53% frente ao real, a R$ 5,64. O movimento foi influenciado pela alta das bolsas americanas, valorização de moedas latino-americanas e entrada de capital estrangeiro na Bolsa brasileira.
Além disso, a moeda americana refletiu a um ajuste após o feriado de ontem nos Estados Unidos, quando os mercados estiveram fechados por conta do Memorial Day.
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No acumulado de maio, a moeda americana cai 0,54% e, no ano, acumula perda de 8,65% frente ao real — o melhor desempenho entre as principais moedas latino-americanas em 2025.
IPCA-15 abaixo do esperado favorece real
A valorização do real está relacionada à divulgação do IPCA-15 de maio, que veio abaixo do esperado. O índice avançou 0,36% no mês, frente à expectativa mediana de 0,44%, e foi a menor variação para meses de maio desde 2009.
O IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial. A leitura de maio reforça a avaliação do mercado de que o Banco Central já encerrou o ciclo de alta da taxa Selic.
Segundo economistas, a surpresa inflacionária levou à queda dos juros dos títulos públicos indexados à inflação (NTN-Bs), o que ajudou a impulsionar a bolsa e atrair fluxo estrangeiro.
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Leilão de linha com baixa demanda indica menor pressão
No mercado de câmbio, o Banco Central realizou pela manhã um leilão de linha — operação em que vende dólares com compromisso de recompra — no valor de US$ 500 milhões, de um total ofertado de US$ 1 bilhão. O leilão visa rolar vencimentos previstos para 2 de julho de 2025.
A demanda ficou abaixo do total ofertado, o que, para analistas, indica menor pressão sobre o mercado cambial.
Contexto externo favorece moedas emergentes
No exterior, o dólar subiu frente ao iene japonês e outras moedas emergentes, impulsionado pela divulgação do índice de confiança do consumidor dos EUA, que veio acima do esperado, segundo o Conference Board.
Apesar disso, os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, caíram, contribuindo para a valorização de moedas de países emergentes. A queda dos juros de longo prazo nos EUA reduz o apelo do dólar e estimula o investimento em ativos de risco fora do país.
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Um relatório do Citi destacou que a notícia de que o Ministério das Finanças do Japão vai reduzir a emissão de seus próprios títulos ajudou a estabilizar os mercados, favorecendo bolsas e moedas emergentes.