Quase metade da Geração Z, jovens hoje entre 18 e 24 anos, não controla suas próprias finanças, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.
A pesquisa serve como um sinal de alerta, não só para os próprios jovens, mas também para pais e educadores, reforçando a importância de conceitos básicos como orçamento, reserva de emergência, controle de gastos e planejamento a longo prazo.
Apesar da Geração Z ser a primeira que nasceu em um ambiente 100% digital e, supostamente, com mais o à informação, o excesso de conexão afetou o desenvolvimento de habilidades emocionais e financeiras, fatores importantíssimos para uma vida econômica equilibrada, diz André Minucci, CEO da Minucci RP, de treinamentos corporativos.
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Segundo ele, essa combinação de fatores resulta em uma dependência dos impulsos, da ansiedade e da busca constante por prazer imediato. Para ele, ensinar sobre inteligência emocional é tão importante quanto aprender a montar uma planilha ou fazer investimentos.
“A geração da informação ainda não aprendeu a lidar com dinheiro e, principalmente, com as próprias emoções. Eles têm o a tudo, mas não foram treinados para lidar com frustração, desejo e imediatismo. E isso reflete diretamente nas finanças”, alerta.
Minucci explica que a falta de planejamento financeiro nessa fase da vida traz impactos que podem se estender por muitos anos, comprometendo sonhos como realizar uma viagem, comprar um carro, financiar uma casa ou até mesmo empreender.
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Por que os jovens brasileiros estão longe dos investimentos?
No final do ano ado, foi ao ar o primeiro episódio do podcast Quero Pix, produzido pelo jornalista Leonardo Grané, repórter do Monitor do Mercado.
No episódio piloto, especialistas ensinam a dar os primeiros os no mercado para contrariar a falta de educação financeira no Brasil, já que seis em cada dez brasileiros não investiram em 2023, segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O programa também cita um velho problema que voltou, em novo formato, para a realidade de muitos brasileiros: as apostas — ou como ficaram conhecidas, as bets (apostas, em inglês). Confira: