O dólar fechou esta terça-feira (3) em queda de 0,70%, a R$ 5,63. O movimento foi impulsionado pela expectativa de que o governo adote medidas estruturais para ajustar as contas públicas, como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A valorização do real ocorreu na contramão do comportamento do dólar no exterior, refletindo o otimismo pontual de investidores com declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- 💰 Seu dinheiro escapa e você nem percebe? Baixe grátis a planilha que coloca as finanças no seu controle!
Durante a manhã, Lula afirmou a jornalistas que se reuniria com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara e do Senado para tratar do equilíbrio fiscal.
Segundo ele, a proposta de aumento do IOF foi uma resposta a não compensação da desoneração da folha de pagamentos, contrariando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente indicou abertura para discutir medidas estruturais, como a desvinculação de despesas obrigatórias do Orçamento. A sinalização foi bem recebida pelo mercado.
Expectativa por medidas estruturais impulsiona o real
A moeda brasileira ganhou força ao longo do dia, com o dólar chegando a ser negociado a R$ 5,6252 na mínima. O movimento coincidiu com a alta do Ibovespa, refletindo melhora na percepção de risco fiscal.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Em entrevista ao Estadão Broadcast, Marcos Weigt, head da Tesouraria do Travelex Bank, disse que a fala de Lula sinalizando abertura para mudanças na estrutura do orçamento ajudou na valorização do real. “Se vierem medidas estruturais, o mercado tende a reagir positivamente”, disse.
Haddad evita detalhar plano e cita reunião com líderes
Apesar das expectativas, Haddad não detalhou as propostas apresentadas a Lula. O ministro afirmou que haverá uma reunião com líderes partidários no domingo (8) para discutir alternativas ao IOF. Segundo ele, as medidas validadas pelo presidente se referem ao ano de 2025 e ainda podem ar por ajustes.
O IOF incide sobre operações financeiras como crédito, câmbio, seguros e investimentos. A proposta da Fazenda de ampliar sua cobrança gerou críticas do setor produtivo e de economistas.