As captações no mercado de capitais brasileiro caíram 10,5% nos primeiros cinco meses do ano segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), somando R$ 246,4 bilhões até maio.
A queda entre janeiro e maio mostra uma acomodação das captações após meses de recordes consecutivos. Somente no último mês, as empresas captaram R$ 43,6 bilhões.
Apesar da retração, o nível das operações permanece elevado. “As companhias continuam ando o mercado para financiar projetos e gerir seus negócios”, afirmou Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA.
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Debêntures continuam dominando mercado de capitais
As debêntures lideram com R$ 155,5 bilhões em emissões no ano, queda de 3,2% em relação ao mesmo intervalo de 2024. A maior parte dos recursos foi usada para:
- Investimentos em infraestrutura (39,9%)
- Pagamento de dívidas (21,6%)
- Gestão ordinária (16,1%)
O prazo médio das emissões subiu para 9,2 anos, frente aos 7,5 anos observados em 2024. As emissões de notas comerciais, voltadas a empresas de menor porte, somaram R$ 10,7 bilhões, alta de 41,5% na comparação anual.
Securitização em queda
Nos instrumentos de securitização:
- FIDCs: R$ 30,4 bilhões (queda de 8%)
- CRIs: R$ 18,3 bilhões (queda de 32,5%)
- CRAs: R$ 12,1 bilhões (queda de 29%)
Fundos têm desempenho misto
Entre os fundos:
- FIIs captaram R$ 13 bilhões (queda de 44,3%)
- Fiagros somaram R$ 1,7 bilhão (alta de 30,9%)
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Renda variável e mercado externo
Na renda variável, os follow-ons somaram R$ 3,5 bilhões no ano, queda de 27,8%.
No mercado internacional, as empresas brasileiras captaram US$ 13,1 bilhões em renda fixa, crescimento de 18,7%. Empresas foram responsáveis por 59,2% dessas emissões, seguidas por instituições financeiras (21,9%) e pela República (18,8%).
